sexta-feira, 3 de agosto de 2018

domingo, 29 de julho de 2018

Darling in the Franxx

¬¬ Parece que consigo ver animes de novo. Talvez por que eu devesse estar fazendo outra coisa [muitas outras coisas]. No entanto, acho bem estranho minha forma de escolher animes. Tava vendo um da nova temporada, Asobi Asobase, e estava bem legal, até acabar o terceiro episódio e eu ter que aguardar lançar um novo. Enfim, depois de ver Mahoutsukai no Yome [bom demais], estava cansada de ver mais shoujos [também porque acho que não tenham sobrado muitos], decidi ver Boku no Hero Academy. Mas aí, não estava realmente afim de ver, por que odeio ver esses animes muito comentados. Aí decidi escolher uma letra e pegar um anime da lista. A escolha é estranha porque eu não gosto de mecha, e ando evitando shounens há alguns anos. E ainda tem essa cena ecchi bizarra:


É. O anime é sobre robôs controlados por casais de adolescentes, onde as mulheres costumam assumir essa posição. Poisé, bateu até um feminismo. O que me fez ir adiante foi esse rostinho:


E meu gosto por personagens desafiadores e capazes de perder o controle e destruir tudo de cabelo rosa:

Haruko - FLCL

Mirai Nikki


Inori - Guilty Crown

Crona - Soul Eater

Lucy - Elfen Lie


















Moka - Rosario to Vampire























Apesar de que não lembro o gênero de Crona, não que faça diferença. E a Moka, a louca era a de cabelo branco, que era a transformação dela. 

SPOILER - E mesmo com todas essas citações, a história me remete a Deadman Wonderland, ou mesmo Guilty Crown, onde o personagem meio sem graça e incapaz de agir diante de sua realidade, se depara com uma garota poderosa, que o faz se tornar mais forte. E no fim, eles já haviam se encontrado na infância, onde ela era torturada em experimentos científicos. O garoto ajuda a menina a fugir, temporariamente, porém eles são capturados e a memória do garoto é apagada. A garota continua com sua obsessão pela única pessoa que lhe mostrou caridade. Até que se reencontram, e algum evento traumático traz a memória de volta. Sério. Se você ver os três animes, vai ver que essa estrutura é a mesma. E ainda assim, indico cada um deles, porque são muito bons em si.

Zero Two - Darling in the Franxx

Já que está sendo um post de citações, essa imagem acima me faz lembrar de Simca, de Air Gear, que, por acaso, também tem o cabelo rosa. Desse não posso falar muito, pois nunca terminei de ver. Nem mesmo cheguei perto [volta pra lista].

Simca - Air Gear
Agora imagens que baixei porque achei interessante, mas não tenho mais o que comentar:





sábado, 21 de julho de 2018

A Velha e a Casa

"I can only connect deeply or not at all." - Anais Nin

           Dizem que contos de fadas são invenções para entreter as crianças. Dizem que sonhos são respostas de seu inconsciente a preocupações cotidianas. Dizem que nada está escrito em pedra. Dizem que o futuro é incerto. 
          Gosto de acreditar na história japonesa que diz que as pessoas que você conhece passam a estar conectadas a você por uma linha vermelha presa ao seu dedo mindinho. Curioso como tanta gente passa pela nossa vida. E quanta gente passa a ter uma importância vital, por conta de alguma decisão que tomamos, algum "sim" algum "não". E nos apegamos a ideia de que não seria possível a vida sem elas. Ou que ela seria mortalmente tediosa. Eu, por mim, não queria me apegar a esse tipo de noção, de que seria capaz de me prender a um lugar, a uma pessoa, a uma história. Sempre me pareceu um grande desperdício, com tanta coisa a se explorar e conhecer e ver e viver. 
           Não me arrependo. Vendo hoje as linhas minúsculas que se formaram, despercebidas ao longo dos tempos ocupados, a preencherem meu rosto cansado, porém resoluto. Tenho minhas lembranças para me consolar nos tempos de dúvida e solidão. A consciência fraqueja ao longo do dia, e muitas vezes me pego pensando em tempos mais agitados e felizes, enquanto a água do café se esvai, evapora. Sentada em minha cadeira de balanço, no topo do mundo, bebo me café e me afogo em lembranças. O visual daqui é realmente de tirar o folego, como disse o ansioso vendedor, que se despediu como se estivesse se desfazendo de um grande peso. Na hora uma sombra se assomou em minha mente: "Teria sido um mau negócio, afinal?". Não consegui realmente acreditar nisso. Olhando a paisagem que se apresentava à frente: um vasto conjunto de morros e pequenas colinas à esquerda, com uma parede de árvores frondosas à minha direita. Em frente, uma lago calmo e profundo e escuro, como a mente humana. Lembro-me de passar horas e horas observando esse lago e meditando sobre eventos passados e vindouros. 
          Então, já não era considerada mais uma moça, tampouco era de fato uma senhora. Adquirir a propriedade foi um impulso. Pareceu certo, um lugar calmo, vasto, para contrapor toda uma vida de agitações e pequenos quartos encardidos.
          Mas ninguém se interessa por rememorações de uma velha, em quem os cabelos brancos já ultrapassam em muito os demais. Jeremy diz que é porque sempre contamos as mesmas histórias como se fosse a primeira vez, sem nos darmos conta de que é a décima, ou pior ainda, que acrescentamos detalhes a cada contagem. Vou então, fazer um breve relato sobre a minha vida antes de ela realmente começar. Parece certo deixar um relato de sua vida, quando ela está tão próxima de terminar. Ou talvez seja apenas a arrogância de achar que somos tão importantes, ou que nossa vida seja tão interessante a ponto de alguém se interessar por lê-la. 

          Minha vida pode ser dividida em duas partes, antes e depois. 

sábado, 23 de dezembro de 2017

Jogador Nº 1

Autor: Ernest Cline
Tradutor: Carolina Caires Coelho

Gênero: Ficção Científica/ Distopia
Editora: Leya/ Casa da Palavra
Nº de Páginas: 464



"Eu a compreendia, confiava nela e a amava como uma amiga querida. Nada daquilo havia mudado nem poderia mudar por algo tão pequeno como sexo, cor da pele ou orientação sexual."



         Desde A Máquina do Tempo, H.G. Wells, ou até mesmo antes de ler esse livro, nunca gostei muito do tema viagem no tempo, ou visões futuristas fantásticas. E, na verdade, sou um porre com relação as coisas que gosto ou não gosto. Sendo uma difícil tarefa me dissuadir de minhas ideias já estabelecidas. Logo, foi meio complicado começar a ler esse livro que se passa em 2044 e uma realidade completamente diferente da nossa. Um novo tipo de distopia, e como esperado, boa pra uns, não tanto para outros, e inviável em termos humanos.

          Wade, nosso protagonista, está prestes a se formar em sua escola virtual. Isso porque toda a humanidade passou a adotar a realidade virtual para fuga da realidade em que se encontra, e também porque esse passou a ser o ideal de normalidade. Pode parecer estranho, porém, dez anos atrás nós íamos até as pessoas para saber como estavam suas vidas, e, hoje em dia, tudo é feito por redes sociais. Oasis é a realidade virtual do livro. Um universo que pode ser acessado com um visor e luvas de realidade virtual.

          O planeta atingiu seu limite de uso de combustível fóssil [estamos quase lá..]. As pessoas buscam novas formas de se manter vivas. Houve o esperado aumento da miséria, e Wade vive em um trailer com mais 11 pessoas. Esse trailer se encontra num setor de trailers, sendo que por conta da superlotação eles estão uns em cima dos outros, o que ficou conhecido como "Pilha" [no Brasil temos a nossa versão de madeirite, vulgo favela...]. Wade é muito pobre, mas é bom com computadores, e é obcecado por jogos. Para ter acesso ao Oasis, ele teve de optar pela escola virtual, recebendo o visor e as luvas da escola. 

          Imagine: praticamente ninguém mais precisa se encontrar pessoalmente. Tudo é feito através do Oasis. Compras, trabalho, escola, relações. Tudo passa a ser virtual, uma grande fuga da feiura do mundo. E você não precisa mais tentar atingir padrões de beleza social. Tudo que você tem que fazer é criar um avatar, no qual você pode alterar tudo, até mesmo seu padrão de voz. 


          Tudo isso foi criado pelo bilionário James Halliday, fanático criador de jogos e fascinado pela década de 1980. Ao falecer, ele deixou como testamento um último jogo, e quem o vencesse seria o herdeiro de seu legado [e da grana dele]. Isso deixa todos em alvoroço, buscando o Ester Egg [uma mensagem, imagem ou algo do tipo, escondida em um trabalho], que foi escondido no Oasis por Halliday. Para tanto seria necessário conhecer muito sobre jogos e sobre a década de 80. E, então, começa a caça ao ovo [egg], envolvendo tanto pessoas comuns quanto empresas que estão atrás do patrimônio de Halliday.

          Dito isto sobre o contexto, sobra falar sobre a aventura empolgante em que a história é estruturada. Ela faz com que você torça pelo personagem e se sinta tão frenético quanto ele tentando ser o primeiro a desvendar o jogo. Para que curte games e cinema, é um show de citações, principalmente sobre a década de 1980. Confesso que fiquei boiando em muitas das citações [fazer o quê, sou da década seguinte...]. A versão cinematográfica foi lançada em 2018, com direção de Steven Spielberg  [o que elevou bastante as expectativas]. O filme, como muitos filmes baseados em livros, não seguiu a ideia fundante da obra original. Foi mais um filme glamorizando o capitalismo e esquecendo dos valores que o autor realmente queria passar.


Link para compra do livro pela Amazon:


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Crepúsculo x 50 Tons de Cinza



          A desocupação nos leva a fazer coisas estranhas. A falta de vontade de fazer as coisas que a gente deveria estar fazendo, muito mais. Mas veja, sou formada em língua inglesa, o que inclui literatura. Sempre fui apaixonada por livros, razão pela qual escolhi esse curso. E já li os tão aclamados livros clássicos, os mais famosos e inteligentes, as fantasias, romances e bons autores, enfim. E, com base nisso, as pessoas não conseguem entender porque eu gosto de livros considerados "ruins", para dizer o mínimo. E veja bem, não vou me propor a explicar isso. Na verdade, resolvi traçar um paralelo entre dois romances que são esculachados pela crítica: Crepúsculo e 50 Tons de Cinza. Por que? Porque eu quero.

          Começando pela diferenciação livro/filme. Em ambos os livros as garotas são pessoas comuns, meio sem sal, que estão vivendo a vida delas, até que aparece alguém sensacional que as leva a ver a vida de outra forma. O problema dos filmes é fazer essas garotas "sem sal" beirarem o retardo mental. Elas são tímidas, mas de opinião forte. Ambas tem uma família não muito estruturada, seja lá o que isso for, o que influencia quem elas se tornaram.

          Já os homens são muito ricos, lindos (questionável se formos pelo filme), tem um passado sombrio, alma angustiada, e são potencialmente perigosos. É até engraçado ver os filmes, Edward e Grey falam quase a mesma coisa, sobre não serem o parceiro ideal e que é melhor que elas se afastem. Acho que é aqui que as autoras começam a traçar as linhas que prendem os leitores à história. Um mistério, e um amor impossível (ou, pelo menos, um bem complicado). E aquela visão de que aparecerá alguém, quando o amor for verdadeiro, que conseguirá mudar a pessoa para melhor. Culpem a Disney.

          E se você vê, é bem cliché, o "vou te amar para sempre", as cenas onde elas são salvas de caras babacas, o segurar o cabelo para vomitar, muahahah, eterna donzela em perigo com seu cavaleiro em carro importado. Ainda gosto mais da inevitabilidade de Crepúsculo. Edward não pode deixar de ser o que é. O Grey poderia ir a um psicólogo. Se bem que acho que ele foi a alguns, não lembro direito. Além disso, há muito mais de amor simples e puro no conto dos vampiros. Christian já começa agindo meio babaca com o contrato (e o resto).

          E como maníaca por Alice no País das Maravilhas, não poderia deixar de notar os bilhetes de "Eat me", "Drink me", que Christian deixa para Anastasia, quando ela bebe demais e desmaia. Não encontrei paralelo em Crepúsculo. Deve ser porque estou assistindo o filme do Grey enquanto escrevo. E esse é o segundo filme de hoje, o primeiro foi O Livro do Amor, que também tinha o recado de "Drink me". As melhores pessoas são loucas, não é mesmo Alice??

          Agora entendi porque nunca terminei os livros do Grey, ele é mandão demais. Não como se fosse proteger, ou desistir de tudo pela pessoa que ama. Mais como "eu posso ter tudo o que eu quero". Arrogante, meio birrento. Ainda prefiro os Kimi ni Todoke da vida. E também sei porque não vi todos os filmes de Crepúsculo, o filme é paradão. Acontece alguma coisa a cada dez minutos par acordar a platéia. O resto é bem monótono. Imagino que seja por ser um livro em primeira pessoa, cheio demais de sentimento. Se tirarmos os floreios sentimentais não sobra muita coisa com que se trabalhar.

          E os relacionamentos estão todos bugados no filme. A família dele parece muito distante. A irmã dele era uma das personagens mais fáceis de gostar, e virou aquilo. Ohh também tem a cena do campo da flores, tão emblemática em Crepúsculo. Os dois presenteiam as mulheres com carros novos, para substituir os outros, um tanto duvidosos (fusca e picape velha). Os dois tocam piano.

          E o povo de direitos humanos nem pode reclamar dos três tapinhas que ele dá nela, pareceu muito pior no livro. E lembrando de cenas estranhas, a descrição da Bella de beijar o Edward é hilária porque, imagina beijar um cara que além de gelado, brilha?? E a autora faz parecer a melhor coisa do mundo. As feministas certamente não devem ficar nada felizes com essa submissão da mulher, exibida a milhões de telespectadores, que não vão, depois, entender a diferença entre consensual e assédio. Apesar de esse tema ser bem explorado no filme e no livro.

         Um ponto que achei pouco explorado nas Aventuras do Sr. Grey, foi seu passado traumático, e a forma como ele foge de ser tocado sob qualquer circunstância. Vamos lá, esse passado obscuro é o que mantém a história de pé. E esse é até um tema batido, lembro de uma história com um Sr. Roark, que era muito melhor. Romance policial. Até Freud era a favor de que traumas na infância podem causar comportamentos não muito bem aceitos na sociedade na vida adulta. Se bem que, quando será que nossa sociedade deixará de ser tão estupidamente hipócrita??

          Assisti ao segundo filme no cinema com colegas de trabalho. Coisa mais divertida do mundo. Um monte de mulheres reunidas gritando por besteira. Parecia mais comédia que qualquer outra coisa. E o Taylor é mais bonito que o Grey, e que voz!! Fiquei lembrando do Alfred em um dos filmes do Batman. Trocaram o dublador brasileiro, sabe-se lá porquê, e a voz do Batman ficou com o Alfred. 

          E acabou muito sem sentido. Lembrava que o drama com a outra submissa era no primeiro livro. Podia ter uns lobisomens, está faltando competição aqui. E é isso. Até porque não sei o que acontece no fim. Talvez o cliché de casar e ter filhos e então virar pessoas normais.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Anne of Green Gables - Anne with an "E"


          Anne of Green Gables esteve na minha lista de leituras por algum tempo. Até baixei o livro, que acabei não lendo porque tem mais de 2 mil páginas. Calma, nem é isso tudo. A verdade é que tem vários livros compilados. O primeiro é Anne of Green Gables, seguido por Anne of Avonlea, Anne of the Island, Anne of the Windy Poplars, Anne's House of Dreams, Anne of Ingleside, Rainbow Valley e Rilla of Ingleside.

          Não sou muito boa em animar quem não gosta de ler a ler. Enfim, este é o tipo de livro que você não se importa com a quantidade de páginas, pois a leitura é prazerosa. Um refúgio do mundo moderno e torpe. Anne é de uma pureza impar, e uma personalidade tão radiante. Ela anseia por viver e aprender, sempre muito curiosa. Tem uma paixão pelo mundo e pela literatura, e pela natureza, e trata a imaginação como uma qualidade inestimável, e sem a qual não sabe como as pessoas vivem.

          Chamo a atenção pra isso porque as crianças de hoje não fazem grande uso da imaginação. Parece que tudo lhes é dado de bandeja para que não tenham que pensar por si mesmas. E talvez seja isso mesmo, um bando de alienados na frente de telas, incapazes de enxergar o mundo ao seu redor, quanto mais alterá-lo.

          O que me fez ler de fato o livro foi a série da Netflix que se baseia nessa história: Anne with an "E". A atriz é maravilhosa, a trilha sonora é linda, o cenário, a estruturação, tudo. Ao ler o livro reparei que tem muitas alterações, acho que até para acompanhar preocupações das garotas de hoje. Até porque o livro, às vezes é bem vago quanto a detalhes. As coisas acontecem muito rápido. Não é como os romances atuais, onde um dia da pessoa é esmiuçado, e todas as emoções são descritas. O narrador é um tanto distante. E, nossa, a série é uma explosão de cores e emoções. Fazia tempo que não assistia nada que me fizesse querer continuar vendo sem para até acabar.




Bem, agora Anne tem dezesseis anos, e tem muitas responsabilidades. Preciso ler os demais livros para saber mais. E também aguardo ansiosa a segunda temporada da série. Vou deixar a abertura da série e o trailer oficial. Quem sabe não te interessa também??



sábado, 28 de outubro de 2017

Gantz

          Numa incrível relação de amor e ódio com Gantz. Desde o início fui muito crítica com relação a essa história. Confusa demais, eu pensei, ao ver o anime. Nem imaginava que o mangá era uma viagem umas cem vezes mais inacreditável [ou incrível, dependendo de quem lê..].


Curtam a página deles no Facebook. Vale a pena.


          O início: dois adolescentes morrem dilacerados por um metrô, ao tentar salvar um mendigo que havia caído nos trilhos. E aqui uma coisa que o anime explora demais, e eu adoro: as pessoas como realmente são, em seus instintos mais miseráveis. Ninguém os ajuda, e eles acabam não conseguindo sair dos trilhos [o mendigo sobrevive, se é que você se preocupou.. aí está]. Até aí normal, o estranho é que eles acordam num quarto com outros desconhecidos e uma bola preta enorme que diz que eles morreram e agora terão de participar de um jogo [isso e o fato de serem transportados como numa impressora 3D. Além de poderem retomar suas vidas quando terminam a missão]. No jogo eles ganham pontos por cada missão cumprida, e a possibilidade de sair do jogo ao completar 100 pontos.

Eles têm acesso a armas e uma vestimenta preta, que serve como uma armadura, e que também potencializa suas forças [e é uma coisa super colada ao corpo, e convenhamos, fanservice deve ter ganhado boa parte da popularidade do mangá]. Eles tem um alvo definido por Gantz (a bola preta). Esse alvo é sempre um alien, ou mais de um, ou tantos que você perde a conta.




          Os personagens evoluem fisicamente conforme enfrentam novos inimigos [típico de um shounen]. Eles também evoluem emocionalmente ao ver colegas virarem amigos e então virarem cadáveres, ou serem devorados por monstros, e serem ressuscitados [é, também pode acontecer. E se podemos ressuscitar pessoas com tecnologia, de que é feita a alma? O que torna os humanos uma espécie mais especial que as outras do planeta?]. E aqui entra uma das maiores questões do mangá: Quem são os monstros na verdade? Por que, para quem e contra quem eles estão lutando? 

          As nuances entre bem e mal deixam de parecer bem definidas, e o caráter dos personagens é posto à prova. O caráter dos anônimos também, quando, nas lutas finais, aparecem pessoas conversando em chats e demonstrando seu apoio ou seu ódio de acordo com o que a mídia mostra, e que também é observado nas famílias dos participantes. Pouca gente parece manter alguma opinião quando a mídia diz que as coisas são de outra forma. Cabe aqui a importante reflexão: você está mesmo tendo opinião própria ou somente engolindo qualquer merda que a mídia te joga? [logo teremos eleições presidenciais, ou assim espero, abram os olhos... ou uma página de navegação e pesquisem sobre as pessoas que pretendem eleger.. seu futuro está mais em suas mão do que você imagina.]

          Depois de tudo isso ainda temos vampiros [parte que não ficou bem explicada.. Gosto de vampiros (irrelevante)], invasões de alienígenas gigantes, e também tem romance, que acredito, seja uma das coisas que mantém a porra toda junta. Isso e a amizade, sempre acho essa uma das coisas mais impressionantes em animes: o poder da amizade. Achei interessante as várias citações que acontecem ao longo do anime, de filmes e afins. Me lembrou uma citação [que não lembro mais de quem é], que diz que um bom livro sempre faz referência a outro. Acredito que essa seja uma boa forma de entender um pouco mais o autor: vendo suas preferências.








Acho que japoneses realmente gostam dos contos da Mamãe Gansa.

          E, hey, atenção aos detalhes. O cara desenha pessoas sendo cortadas, dilaceradas, tripas saindo do corpo, aliens, dinossauros, maquinário tecnológico ultra detalhado, com peças minúsculas, lutas, diversos cenários, naves espaciais. Além de envolver no enredo temas adolescentes, razões políticas, guerra, romance, interesses pessoais e humanos, mitologia, crenças, invenções próprias, etc. É muita dedicação e imaginação.
          O anime teve duas temporadas de 13 episódios cada, uma pelo estúdio Gonzo e outro pelo estúdio Fuji Television [tentando lembrar se senti essa diferença, mas já se vão quase 10 anos que assisti..]. O anime não conta toda história do manga, na verdade é uma pequena parte, e também tem um filme em CGI (que é uma forma de animação 3D, em que, teoricamente, os personagens e cenários são mais próximos da imagem real [mas e o que é real pra você?]) de 2016: Gantz:O [disponível na Netflix], da Digital Frontier, que conta mais uma parte, como uma continuação, mas não engloba o resto da história. O mangá tem 37 volumes, e foi lançado no Brasil pela Panini, também há um jogo para Playstation 2.