quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Introdução à Economia


  • Economia: é a ciência que estuda a alocação de recursos escassos.
  • Recursos: matéria-prima, trabalhadores, dinheiro, recursos financeiros, terrenos, etc.

           - Bens Livres: recursos de que se pode dispor à vontade. [Ex: ar, luz solar, etc.].
           - Bens Econômicos: são escassos, sendo objeto de troca, e tendo um preço no mercado.


  • Economia Normativa: quando a escolha de utilização dos recursos escassos envolve compatibilização de diferentes objetivos e distintos juízos morais ou de valor. [opiniões, ações sobre a realidade].
  • Economia Positiva: quando são feitas teorias para explicar a realidade, analisar e explicar os fenômenos econômicos tais como são. [conceituação].
  • Oito Princípios Básicos da Economia, segundo Gregory Mankiw:
  1. Escolhas e Trade-offs: Dado que os recursos são escassos, é necessário escolher entre dois fatores que se opõem de alguma forma, a fim de alcançar a melhor combinação. Trade-off é o equilíbrio alcançado com essa escolha [perda e ganho]. Ex: um arquiteto tem que escolher a funcionalidade e a beleza de uma edificação.                                                                                      
  2. Trade-offs e o "Custo de Oportunidade": Ao fazer escolhas há perdas, o custo da alternativa escolhida é dado pelo valor da alternativa que foi preterida. Custo de oportunidade é o que se perde ou deixa de ganhar ao fazer uma escolha qualquer.
  3. Escolha e Decisão na Margem: Muitas decisões só fazem sentido quando feitas na margem, ou seja, considerando não grandezas totais, mas os acréscimos a esses valores associados à decisão considerada. Ex: Quando a venda de passagens aéreas, no preço normal, deixa lugares vagos. Nesse caso, o custo marginal de transportar uma pessoa adicional, é irrelevante para a companhia aérea. É lucrativo vender tais lugares a preços mais baixos pela publicidade positiva.
  4. Decisões e incentivos: Agentes econômicos respondem a incentivos. Ex: se o preço das bananas aumenta, há incentivo os compradores de comprar outras frutas mais baratas, e também haverá estímulo para que os produtores aumentem o cultivo dessa fruta. Quando tomamos decisões levamos em consideração não apenas o custo de oportunidade ou a análise "marginal" dessa escolha, mas também incentivos positivos ou negativos.
  5. Especialização na Produção e Trocas: A especialização faz com que cada um se dedique a atividade que sabe fazer melhor, tornando a produção maior do que no caso de todos produzirem tudo. A especialização está associada à troca: cada um produz e vende seu artigo, e com o produto da venda compra os demais artigo para seu consumo. Ex: ao invés de um padeiro fazer suas roupas, sapatos e pães, ele faz os pães, vende e compra os demais produtos, otimizando seu tempo e produção.
  6. Trocas e Mercados: A argumentação, na maioria dos casos, gira em torno do livre mercado: a alocação dos recursos seria determinada pela interação dos agentes econômicos, guiados por seus próprios interesses e pela sinalização dada pelos preços. Adam Smith descreve isso como a "mão invisível" da economia guiando as ações individuais para o favorecimento do bem comum. Ele também advogava pelo não intervencionismo do Estado.
  7. Falhas de Mercado e Funções Econômicas do Governo: Quando o mercado não funciona adequadamente [falhas de mercado], faz com que seja necessária uma ação corretiva ou coordenação por parte do governo. Ex: quando há conflito entre o interesse individual e o coletivo: em certos casos, se cada um agir em função de seu próprio interesse, o resultado é pior para a maioria ou para todos. Ações governamentais também são desejáveis no sentido de diminuir desigualdades, investir em infraestrutura, provisão de serviços de saúde e educação, ou atividades que não podem ser adequadamente supridas pela iniciativa privada. Ex: o governo pode aumentar gastos em infraestrutura, criando empregos, ou estimular a demanda dos agentes privados [reduzindo impostos, facilitando o crédito, etc.], o que também geraria empregos.
  8. Padrões de Vida e Produtividade: Além de fatores naturais, como a presença de reservas de petróleo, as instituições estatais podem ser de grande influência na economia de um país. Instituições estáveis e confiáveis facilitam o investimento, e por conseguinte, o crescimento econômico. O padrão de vida médio de um país depende de sua capacidade de produzir bens. A produtividade é a relação entre a quantidade produzida e a quantidade de fatores utilizados. A produtividade depende da tecnologia, nível de preparação, educação, e experiência da força de trabalho. Nesse sentido o governo tem o importante papel de investir na condução de pesquisa básica e aplicada, como o que ocorreu com o rápido crescimento das exportações agrícolas, obtido graças as pesquisas da EMBRAPA.

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