Gênero: Romance/Fantasia
Editora: Leya
Nº de Páginas: 288
"Estou indo buscá-la."
Midas Crook é um jovem além de tímido [Midas é um nome incomum, passei metade do livro para conseguir associá-lo ao personagem e não ao Rei que tinha o toque de ouro...], sua vida se resume ao que pode captar com a lente de sua câmera. Ele se isola do mundo, que para ele é um conjunto de ilhas que agora estão em decadência pela proibição da pesca predatória de baleias. Esta era a principal atração turística e fonte de comércio do local, chamado St. Hauda's Land. Ele trabalha na floricultura de seu melhor amigo Gustav, e as vezes cuida da filha deste, Denver, a qual tem sete anos e a incrível compreensão dos adultos que só as crianças têm. A mãe de Denver morreu, e a garota tem de superar a cada dia seus medos, coisa que faz melhor que Midas, que foge deles.
Num dia nublado, passeando em busca da luz perfeita para suas fotos [na verdade seguindo um facho de luz...], ele encontra Ida, uma garota extremamente branca, usando enormes botas e com olhos cinza-titânio e cabelos loiros quase brancos. Ela e a cena ao redor representavam a perfeição monocromática, sonho dos fotógrafos obcecados [Midas se interessou mais pela imagem do que pela garota..]. Mesmo assim, eles voltaram a se encontrar, pois Ida não era da ilha, somente estava lá em busca de ajuda, em busca de Henry Fuwa e acha que Midas como morador pode ajudá-la. Ela costuma andar bem devagar e utiliza uma bengala para se apoiar. Midas diz que não conhecer tal homem [que na verdade trazia um passado doloroso a tona..], ele não queria se envolver com a garota. Porém com toda inevitabilidade da vida, eles voltam a se ver, e a pensar um no outro.
Ida convida o antissocial fotógrafo para comer e conversar, eles compram a comida e acabam na casa da garota. Midas está curioso sobre o problema que afeta as pernas dela, mas ela não quer falar no assunto. Eles bebem e acabam dormindo em poltronas na sala. Midas acorda no meio da noite e a curiosidade o vence, fazendo com que tire as meias de Ida, a visão o fascina. Os pés dela são de vidro puro até a junta do tornozelo, onde ainda aparecem fios de sangue, e a carne se junta logo acima. A partir de então eles passam a procurar uma cura, pois que Ida estava lentamente se transformando em vidro.
Autor: Ali Shaw nasceu em 1982 e cresceu na pequena cidade de Dorset, Inglaterra. Estudou Inglês e Literatura e Escrita Criativa na Universidade de Lancaster, e desde então tem trabalhado como vendedor de livros na Bodleian Library de Oxford. A Garota dos Pés de Vidro foi finalista do Guardian First Book e do Crawford Award e vencedor do prêmio The Tesmond Elliot. Escreveu ainda outro romance The Man Who Rained, ainda não traduzido.
Link para o livro:
C.P.: Além do já dito, há também o gado de asas de borboleta [isso! mini bois e vacas que tem asas... sei lá..], e um ser que transforma tudo que olha em branco puro [que é meramente citado...]. O autor é bastante detalhista com a descrição das ilhas e paisagens, e faz uso de flashbacks para contar o passado dos personagens [estilo Lost... vai revelando aos poucos e te matando de raiva..]. O livro é um recanto de personagens solitários, e que se isolam do mundo e do convívio geral com outras pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário