segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Coloquem Sal nas Entradas

Coisa curiosa é o estado de espírito das pessoas que pode mudar com um simples olhar, uma palavra, uma música ou uma lembrança. Portanto é necessário buscar pessoas que nos façam sorrir com um olhar, que saibam dizer algo quem nos toque o coração, ou que digam simplesmente a verdade, mas não de forma rude [uma busca pessoal: ser menos rude com as pessoas, apesar de que coesão social não tem a mínima lógica para mim...]. Enfim, ouvir boa música, e também aquelas nem tão boas, mas animadas. Sem grandes pensamentos, só pura alegria. E com tudo isso criar boas lembranças, porque o contrário seria sofrer duas vezes [ou mais, lembranças perseguem a gente com um afinco assustador]. Tome uma ou duas doses de amnésia de vez em quando, não é saudável alimentar o ódio [ele se multiplica como coelhos e se alimenta de suas emoções, e imagine o que seria de você sem elas...]. E uma música para animar os três fantasmas do natal [Passado, Presente e Futuro], e seguir suas instruções para não nos tornarmos ranzinzas [e um pouco de Mágico de Oz, pois muitos estão precisados de um coração, outros de cérebros e todos precisamos de coragem e de uma voltar ao lar... Maldito natal mexendo com o sentimento dos outros..]:



domingo, 15 de dezembro de 2013

Hanasaku Iroha

Autor: Mari Okada
Ilustrador: Mel Kishida


Anime: 26 Episódios
Estúdio: P.A. Works
Abertura: Hana no Iro - Nano Ripe
                Omokage Warp - Nano Ripe

Encerramento: Hazy - Sphere
                        Hanasaku Iroha - Clammbon



"Mas, aquilo que você consegue com trabalho duro, nunca te trairá."


E você pensa que não existem mais animes com moral e aquela super história que mexe com o coração e fica pra sempre na memória, então você esbarra nele sem querer e assiste tudo em menos de uma semana. E foi assim que conheci Hanasaku Iroha, que segundo descobri foi feito pela P.A. Works em comemoração aos dez anos do estúdio. Capaz de fazer rir alto de madrugada e torcer pelos personagens. O desenho é lindo e sem coisas exageradas, e não tem fanservice [a não ser pelas imagens que achei no Google... as pessoas e seus fetiches... e também há o fato de ter uma pousada, o que sempre gosto em histórias, quando as casas são quase um personagem.]. 


Ohana Matsumae é uma jovem de dezesseis anos, que vive com sua mãe absurda e egoísta [a ponto de dizer que ela não devia contar com ninguém, nem mesmo com a família. Isso após não ir a um evento na escola da filha.. coisa que se repete ao longo da vida de Ohana que tem de cuidar da casa e lidar com os namorados da mãe...], e tem um melhor amigo chamado Koichi. Um desses namorados se endivida e resolve fugir, e a mãe de Ohana decide segui-lo [para ela é tudo uma aventura..], então a garota passa a ter de morar em Kissuisou, a pousada de sua avó, que fica numa cidade no interior. Ela vai com a ilusão de que terá uma avó boazinha como a dos contos, mas se engana terrivelmente. Sua avó, que insiste em ser chamada de Okami [senhoria, em japonês], é bastante rígida, e afirma que para morar na pousada Ohana terá de trabalhar.

Ohana é persistente e tem uma personalidade única e barulhenta, capaz de animar todos ao seu redor. Ela passa a mostrar o valor do trabalho e da amizade e companheirismo entre os que trabalham em Kissuisou [há também o drama de ter deixado Tokio e seu amigo, que havia se declarado para ela, e ela não respondeu e tudo ficou meio em suspenso...]. Os demais integrantes da equipe de Kissuisou são duas garotas de sua idade [Nako que é muito tímida e calma e boazinha, acho que sempre tem alguém assim... e Minko, que toma antipatia por Ohana desde o momento em que esta chega... ela é aprendiz de cozinheira e uma pessoa muito fechada, coisa que Ohana vai desconstruindo aos poucos.], a chefe das empregadas [Tomoe, que tem a exata aparência de uma chefe de empregadas de uma pousada na minha imaginação... ela é bem divertida e meio doida as vezes..], tem dois cozinheiros [Tohru que é o ajudante, é bastante sério quanto ao trabalho, chegando a ser rude, mas é uma boa pessoa que está sempre ouvindo a mesma música no carro... ele é o objeto de interesse de Minko. Já o chefe de cozinha é o Renji, que não fica muito bem sob pressão e tem a aparência de um sargento.. e como o parágrafo está grande continuemos no próximo..].




O Chefe responsável pela pousada é o tio de Ohana, chamado Enishi, que parece viver a sombra das mulheres da família, até arranja uma que manda nele [Takako é uma mulher meio irresponsável e cheia de idéias inúteis.. tem uma evolução palpável..]. Jiroumaru era um hóspede irritante, que se gabava de ser um incrível escritor em busca de inspiração na pousada, no fim ele não escrevia nada e acabou tendo de trabalhar em Kissuisou para pagar suas dívidas [para provar as reações improváveis de Ohana, tem o dia em que Jiromaru a leva a força para seu quarto e tenta fazer bondage com ela, mas ele não consegue e ela tenta ajudá-lo..]. E por último o zelador, Denroku, que é um velhinho amigável que vive perto das caldeiras [o que me fez lembrar de Chihiro..], ele é geralmente chamado de Mameji [Homem dos Feijões, não lembro exatamente o porquê..]. Ah, quase me esqueço da Yuina, que é a herdeira de uma pousada vizinha e estuda com a Ohana, ela é super alegre e só quer se divertir, teve um tempo que achei que ela seria uma espécie de antagonista, mas me enganei.





C.P.: Oh! Somente elogios para esta animação, comparável ao estúdio Ghibli. Ela trabalha diversos tipos de drama, e os sonhos das pessoas, e as pessoas sem sonhos específicos, e tudo isso de uma forma pura, pelos olhos de uma garota impetuosa e surpreendente quando deseja proteger algo importante para si. Interessante a visão de trabalho como uma coisa divertida, talvez por ser um influenciador na mídia, mas foi muito bem feito para que não parecesse moralista. Adoro mesmo isso, esses animes que fazem a gente querer ser melhor e se esforçar para que tudo esteja bem para todos ao redor. E as roupas são bem legais, acho quimonos e suas variações "maravilindos" [apesar de parecerem pouco práticos].


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Hyouka

Autor: Task Ohna

Anime: 22 Episódios
Estúdio: Kyoto Animation
Abertura: Yasashisa no Riyuu - ChouCho
                 Mikansei Stride - Saori Kodama
Encerramento: Madoromi no Yakusoku - Satomi Satou & Ai Kayano
                         Kimi ni Matsuwaru Mystery - Satomi Satou & Ai Kayano



"Existe uma linha tênue entre genialidade e loucura, essa é a melhor descrição que posso dar."



Tudo começa quando Oreki decide, a conselho de sua excêntrica irmã, ir ao Clube de Literatura Clássica [koten-bu, que fica mais legal e curto na pronúncia..]. Ela estudara na mesma escola, e não queria que o Clube tivesse fim. Oreki resolve dar uma olhada no Clube, e é quando encontra Chitanda Eru, uma garota um tanto animada e com olhos que brilham ante algum mistério. Quando ele chega a sala do Clube ela está trancada, mas Chitanda está dentro e diz não a haver fechado. Esse é o primeiro mistério solucionado por Oreki Houtarou, que parece ser incapaz de resistir a curiosidade de Chitanda. Na verdade, ele é um garoto calmo [mais para preguiçoso...], e seu lema é "Não faço nada que não preciso fazer. E o que preciso fazer, faço rapidamente." Ele diz ser contra o desperdício de energia [algo como o "Prefiro evitar a fadiga." de Jaiminho].





Como não poderia deixar de ser, o Clube de Literatura Clássica entra em atividade, composto por Oreki, Chitanda, Mayaka e Satoshi. Com exceção de Chitanda, todos os outros se conheciam há tempos, tendo estudado juntos. Chitanda é de uma família muito rica, e algumas vezes arrasta os outros para seu mundo cheio de costumes a se seguir. Ela é a mais animada deles, sempre buscando um mistério, ou topando com um por acaso [o que leva Oreki a loucura...]. Ela é bem sincera, e as vezes ingênua, e também se distrai facilmente [tem um episódio em que ela come uma caixa de bombons de licor e fica bêbada]. Mayaka é bem enérgica e crítica, as vezes passando por mandona e mal-humorada, ela trabalha na biblioteca da escola e também faz parte do Clube de Mangá. Satoshi é a despreocupação em pessoa [pelo menos na superfície], ele se intitula "banco de dados humano", pois que ele sempre junta informações que acabam sendo utilizadas por Oreki para resolver os mistérios. Ele também fica um pouco enciumado, por Oreki ser muito inteligente e ele nunca conseguir superá-lo [esse é um fator importante para o desenvolvimento da trama.. como lidar consigo mesmo e com as pessoas ao redor].





Segue a linha de pensamento detetivesca [com direito a citações a Sherlock Holmes e Agatha Christie, o que me levou a querer ler mais livros do gênero]. É composto de uma série de pequenos eventos a serem desvendados dentro da própria escola ou envolvendo os personagens. Em geral Oreki não quer participar de nada disso, mas aí Chitanda olha para ele e diz "Não consigo parar de pensar nisso!", então ele é tomado pela aura de expectativa dela e resolve despender alguma energia [Satoshi as vezes brinca com isso, dizendo que ele é comandado por uma mulher..]. Quando ele está concentrado costuma segurar uma mecha da franja, e parece entrar em outro mundo, onde vê tudo de fora [é bem interessante como isso foi retratado no anime]. E como todo shoujo há algo de romance na história, que só é acentuado no final [final esse que foi bastante inesperado, geralmente os animes tem 24 ou 26 episódios... mas não vamos adentrar no drama de alguns otakus que vivem a torcer por novas temporadas. Foi uma boa história. Fim!].





C.P.: Não pude deixar de olhar o anime com certo preconceito depois de ter lido Bakuman, pois este fez algo do tipo "desconstruir" a magia deste tipo de história no mundo dos mangás. Mas a história supera as expectativas, trazendo um clima agradável e calmante que eu não via desde K-ON [interessante que parece que Clubes de Música Leve parecem realmente existir..]. As músicas de abertura e encerramento combinam perfeitamente, assim como a animação preparada [como a segunda abertura,  que traz um Oreki preso ao mundo dos reflexos, e somente é tirado de lá por Chitanda, que é basicamente o que ocorre, pois ela o faz desejar querer fazer algo, trazendo-o ao mundo real]. A irmã do Oreki funciona como um incentivador na história, mesmo que raramente esteja presente [e quando está fica como a dona do Tom ou a secretária do Prefeito nas Meninas Super Poderosas, ou o irmão da Sasami-san, ohh parece ser algo comum...].




quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Fate/Stay Night


Autor: Nishiwaki Datto

Anime: Fate/Stay Night - 24 Episódios
            Fate/Zero - 25 Episódios
Estúdio: Studio DEEN
Abertura: Disillusion - Sachi Tainaka
                Kirameku Namida wa Hoshi ni - Sachi Tainaka
Encerramento: Anata ga Ita Mori - Jyukai
                        Hikari - Jyukai
                        Kimi to no Asu - Sachi Tainaka


"Como um rei que desconhece os sentimentos de seu povo pode governá-lo?"


Uma versão de anime com magia, em que não há garotinhas irritantemente doces, recitando mágicas em latim, e com um monte de brilho [vide Negima, não que este seja ruim, só é outro estilo, mais infantil em certo aspecto...]. As magias neste são em alemão, o que dá uma sensação de língua original e forte da magia [ou algo assim, particularmente eu gosto do alemão, principalmente recitado por Archer!!]. A história foi criada inicialmente como um visual novel [um gênero de games com enfoque no enredo, onde as escolhas do jogador que fazem o jogo avançar, como em filmes ou livros interativos: "visual novel"], tendo adaptações para mangá e anime [Fate/Stay Night e Fate/Zero]. Isso é uma coisa comum, ao que parece, como em Higurashi no Naku Koro ni [que não fez muito sentido... o que difere desta obra, que contém início, meio e fim bem definidos].


A cada dez anos sete magos são convocados a participar da Sehai Sensou [Guerra do Santo Graal... este seria um cálice que concederia o desejo de quem conseguisse invocá-lo. Esse cálice faz parte das crônicas do Rei Arthur, e também já foi dito que seria o cálice utilizado por Jesus na Última Ceia, e por José de Arimatéia para recolher o sangue de Cristo crucificado...]. Cada mago recebe um espírito [de algum grande herói do passado, eles são chamados de servos, e obedecem seus mestres tanto pelo pacto firmado quanto pelo desejo de possuir o Graal], e com ele deve lutar para derrotar os demais mestres e servos. Os servos estão divididos em classes: Espadachim, Arqueiro, Cavaleiro, Louco, Lanceiro, Mago e Mercenário [me lembrou os arcanos maiores... mas eles não contém todas essas classes].


Emiya Shirou, um garoto órfão muito esforçado, é jogado no meio dessa guerra. Acredita-se que seja porque seu pai adotivo, já morto, era um mago e lhe deixou algo de seu poder, uma vez que a magia costuma ser um traço hereditário e desenvolvido ao longo dos anos por meio de treinamentos e estudos. Emiya tem a capacidade de analisar e reforçar os objetos. Em uma batalha em sua escola ele acaba envolvido e é "assassinado" por Archer, servo de Rin, que acaba salvando Shirou por pena. Logo Shirou é atacado novamente por Archer, pois a batalha deve ser mantida em segredo, e ele sabe demais. Então aparece Saber, um dos servos mais poderosos, e firma um pacto com Shirou. Acontece que o garoto não está interessado em batalhas, no cálice ou em matar os adversários.

Assim, começa a luta de Shirou para tentar acabar com esta batalha insana, em que inocentes podem ser mortos [os servos precisam de energia, geralmente seus mestres a fornecem, mas para ficarem ainda mais poderosos, eles podem sugar a energia vital dos humanos...]. Ele se junta temporariamente a Tohsaka [Rin], para derrotarem os demais mestres, e também tem de tentar lidar com Saber, pois sua serva não está de acordo com seus propósitos, uma vez que deseja o cálice. Saber é uma guerreira ao estilo nórdico [que seria Arthur!?! Na história Arthuria Pendragon], tem maneiras reservadas, e as vezes rudes, coisa que vai mudando com o passar do tempo.

C.P.: Magia, batalhas épicas, e um pouco de história, vista pelos olhos japoneses é claro, não poderia ser melhor. Neste conto, o Rei Arthur é na verdade uma mulher... interessante [como na versão dos contos dos Irmãos Grimm (Grimm's Manga, de Kei Ishiyama), em que Rapunzel é um homem...]. Tem todo uma trama psicológica sobre o passado de Shirou, um incêndio que está conectado ao que está ocorrendo agora. E também pessoas que enlouquecem em vista do poder, outras que são jogadas no meio de batalhas, ou tem seu caráter moldado por suas famílias tradicionais. Até onde você iria para concretizar seu maior desejo?? [Ilyasviel von Einzbern, esse nome em alemão já é difícil, agora em uma versão japonesa do alemão é terrivelmente legal...].




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ilusões

Autor: Richard Bach


Gênero: Ficção
Editora: Paralela
Nº de Páginas: 208



"Nunca lhe dão um desejo sem também lhe darem o poder de realizá-lo. Você pode ter de trabalhar por ele, porém."




Livro contado em primeira pessoa. Richard é um nômade dos ares, viaja em seu Fleet [modelo de avião de 1930], e cobra três dólares por passeio nas cidades em que pousa [para manter algum sustento]. Sempre viaja sozinho, pois a solidão lhe agrada. Até que um dia encontra um homem que parece levar o mesmo tipo de vida que o seu, em um tipo de avião diferente, um Travel Air 4.000 [são dadas algumas especificações técnicas que pouco acompanhei por meu parco conhecimento sobre o assunto]. Richard se interessa pelo homem [que se chama Donald Shimoda], passa a viajar com ele e descobre uma nova maneira de pensar. Shimoda parece sempre ter uma resposta para tudo, além de falar por metáforas, levando seu colega a ter de raciocinar realmente antes de descobrir algo, o que é altamente recomendável, pois damos maior valor aquilo que conquistamos.

Ao longo da história, Shimoda revela ser o novo messias, muito aclamado e seguido por aqueles que desejam milagres. Revela, também, que não quer tal cargo e por isso viaja por aí [suspeita-se sempre que talvez ele tenha uma meta a cumprir], "desperdiçando" seu dom. No entanto, ele é uma pessoa que não escolheu esse caminho, e não quis ser obrigado a segui-lo [livre-arbítrio, como prega O Livro]. Richard não consegue acreditar de imediato, mas Shimoda começa a fazer coisas impossíveis como levitar coisas, ou fazer aterrissagens em espaços improváveis, ou andar sobre a água. O Novo Messias, não gosta das multidões, por isso passa pouco tempo em cada lugar. Ele acredita que qualquer um pode ser o messias de sua vida [o que levanta a questão do acreditar em si mesmo e batalhar pelo que se deseja], e passa a ensinar o caminho da "messiandade" a Richard.

As ilusões são o real, e o real é ilusão. Quantas vezes não supomos que há coisas insolúveis e deparamos com pessoas que as resolvem facilmente [vide a matemática e afins]. O fato é que não existe apenas uma realidade, e ser o messias é poder viajar por todas elas. Ainda mais que, se são uma ilusão nossa, nós devemos ter o controle sobre ela, e assim a poder alterar [simples em tese, mas amplamente aplicável na prática].

Autor: Richard Bach [1936, Illinois, EUA] foi piloto da Força Aérea Americana durante um período de paz entre as guerras da Coréia e do Vietnã. Dedicou-se a literatura, sendo um de seus livros mais famosos Fernão Capelo Gaivota, publicado na década de setenta, tendo uma adaptação para o cinema [muito horrível por sinal]. Gosta de voar, hábito que não perdeu, e, segundo ele próprio, não gosta de escrever, mas acaba sendo levado a isso por alguma ideia persistente. [Bem, que mais ideias o acometam...].



Link para o livro na Amazon:



C.P.: Todo o livro é uma grande metáfora. A vida é sua, está em suas mãos o poder de alterá-la, basta um pouco de prática. O mundo pode ser imenso e maravilhoso, ou terrível, depende do que você quer. O Grande Ser o criou, mas o deu a você, para fazer o que quiser [livre-arbítrio]. Acredito que o pensamento tem poder, portanto você atrai o que pensa, e esse é mais um livro que nos diz para não deixarmos nossas mentes no eterno vazio. Imagine e será seu, como o Messias primeiro, este não nos fala literalmente. A vida não é fácil, batalhe pelas respostas, se torne o senhor daquilo que possui. Adoro esta temática, é bastante positiva!! Outro livro de caráter semelhante é O Alquimista, de Paulo Coelho, [há também um (declaradamente auto-ajuda) que li, mas não lembro mais o nome...].



domingo, 18 de agosto de 2013

Morte Súbita

Autor: J.K. Rowling




Gênero: Romance/Ficção
Editora: Casa dos Livros
Nº de Páginas: 512




"Você nem sabe quem é o pai, né, sua puta? Tô lavando as minhas mãos, Terri. Já chega: agora você vai se virar sozinha."





Impossível não fazer comparações com a antiga série da autora, Harry Potter [Passei boa parte do livro esperando algum bruxo surgir de algum beco escuro...], mas este é um romance completamente sóbrio que gira em torno da morte de um homem: Barry Fairbrother. Barry teve uma espécie de rompimento de uma veia no cérebro e morreu [acho que é a isso que chamam derrame, mas sei lá...]. Então, todo o pequeno distrito de Pagford passa a viver de mexericos, e a tentar substituí-lo como membro do Conselho Distrital [e a história é isso... a morte paira durante todo o livro, meio deprimente]. O conselho de Pagford está dividido entre os pró-Fields e os que são contra [Fields é uma espécie de favela, a qual Pagford e Yarvil ficam se desfazendo da responsabilidade de manter e administrar]. Barry era proveniente de Fields, mas estudou em Pagford, venceu na vida e decidiu ajudar o seu lugar de origem. Após sua morte, os demais conselheiros tentam jogar a responsabilidade de Fields para Yarvil, que parece contente em recebê-la, uma vez que estão em período de eleições [mais votos...].

Há também, é claro, os que assim com Barry, tentam manter a administração de Fields em Pagford. Mas nada é realmente altruísta, todos tem razões pessoais para isso, como a admiração que sentiam por Barry. E mesmo o caixão ainda não tendo adentrado sete palmos na terra, todos estão como urubus em volta do cargo de conselheiro. Após o lançamento das candidaturas, começam a aparecer mensagens no site de Pagford, que falam em nome do Fantasma de Barry Fairbrother [aí dá pra se pensar "É agora!", só que não...]. O fantasma faz acusações aos membros do conselho, com o intuito de ridicularizá-los frente aos habitantes locais. No fim são só relações pessoais mal resolvidas, e rancores antigos que se vão revelando.





Autora: Escritora britânica nascida em Yate, 1965. Tornou-se famosa pela série Harry Potter, em sete livros lançados entre 1997 e 2007, mais Os Contos de Beeddle, o Bardo, Animais Fantásticos & Onde Habitam, e Quadribol Através dos Séculos, todos vinculados a série. É a autora mais lida do mundo, tendo sua obra traduzida para mais de 73 línguas. Recebeu a Ordem do Império Britânico, por serviços prestados a literatura infantil, entre outros prêmios literários ou não. Apóia um grande número de causas beneficentes e é fundadora da Lumo, instituição que trabalha para transformar a vida de crianças carentes no mundo todo. 






C.P.: O livro é uma tremenda crítica social. Pessoas ricas [ou a chamada classe média alta..] que estão pouco se lixando para o lado pobre da cidade, e ainda acham que eles sujam a imagem da mesma, e não trabalham porque são uns preguiçosos. Há também a luta contra os vícios e a pobreza. Toda a mesquinhez e crueldade adolescente, e a pouca atenção que os pais dão aos filhos. Toda a porcaria que as pessoas guardam para si, tentando manter um casamento ou as aparências. Mostra o lado sórdido das relações humanas e sociais da atualidade [quando Barry morre as pessoas mal podem esperar o dia amanhecer para ligar para alguém e contar a novidade...]. A leitura inicial do livro é bem lenta, com apresentações de diversos personagens, sendo que muitos deles são detestáveis [me lembra os tios do Harry...], mas o final é bem rápido, com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo [como seria a subida e a descida de uma montanha-russa.]. A linguagem neste livro também se torna mais adulta, são usados palavrões e o sexo é explicitado. E independentemente de tudo a vida segue. Claro, ainda acho que a autora deveria voltar para a fantasia, onde ela é mestra incontestável.


Link para o livro:


sábado, 10 de agosto de 2013

Belo Desastre

Autor: Jamie McGuire



Gênero: Romance
Editora: Verus
Nº de Páginas: Belo Desastre - 463
                          Desastre Iminente - 406




"Não, eu não posso morrer porque tem muito idiota querendo pegar o meu lugar. Vou viver eternamente só por maldade!"



No porão de um dos prédios da faculdade, rodeada de pessoas eufóricas, Abby tenta se aproximar da causa do barulho e excitação geral. Dois garotos lutam, o vencedor ao dar o golpe final no adversário faz jorrar sangue nela. Ele se aproxima, pedindo desculpas e a chama de Beija-Flor. Aparece então sua amiga, America [também tem um cara chamado Brazil no livro...], e a arrasta para longe da bagunça, brigando com ela por ter se aproximado tanto. O que ocorre é que por entretenimento [...] alguns alunos lutam, e os demais fazem apostas, tudo isso geralmente dentro do campus da faculdade. Travis Maddox é um lutador, conhecido como "Cachorro Louco" [não achei muito bom, mas ele é mesmo violento quando quer..], e o vencedor da luta em questão, e o primo do namorado de America, e o cara mais visado da faculdade [sério, no início o livro era o próprio clichê de vida escolar adolescente norte-americana.. tipo aqueles filmes com o refeitório dividido pelos grupos de líderes de torcida, jogadores e nerds... mas não pega esse rumo não.].

Travis parece ter simpatizado com a Abby, mas esta não quer ser a próxima a esquentar sua cama e levar um chute, por isso trata de ignorá-lo. Mas o garoto se prova insistente, e diz que quer somente sua amizade, então ela aceita ser amiga do estudante de Direito, super inteligente que a ajuda a estudar, e luta para pagar a faculdade e sua moto. Ele se mostra uma pessoa muito interessante, tratando-a sempre de forma protetora, e ela passa a defendê-lo também, dos que falam demais. Acabam por tornarem-se verdadeiramente amigos. E começam os boatos... de que estariam juntos, mas Travis não para de sair com outras garotas, então Abby é que fica mal vista [o que causa alguns problemas, até que ela diga foda-se e siga com sua vida...]. Os dois têm um passado de que não gostam de falar, e o livro é uma descoberta da vida de cada um, e de como são juntos, e não são separados.

Autora: Nasceu em Tulsa, Oklahoma. Se formou em licenciatura em Radiografia e vive com os três filhos e o marido cowboy em um lote de dez hectares, compartido com cavalos, cães, um gato e um galo. 

C.P.: Livro incrivelmente viciante!!! Na verdade ainda não achei outro tão bom para substituí-lo, mas ainda terei a outra versão... Depois de ler é que percebi que este livro tem um aspecto polêmico [durante a leitura não me ocorreu, pois foi tudo amarrado de forma muito natural], pois que Maddox é muito violento e possessivo, e ameaça literalmente quem quer que se aproxime de Abby. Ele nunca é violento com ela, é extremamente carinhoso [quase como se pega em um filhote de passarinho...]. Bem, polêmicas as pessoas são capazes de criar em torno de qualquer coisa. Basta que se lembre que é ficção [e das boas...]. Especula-se que o livro se torne filme, e é legal ver as fotos no Google, tipo uns caras tatuados e tals [mas não vi nenhuma que perfizesse minha imagem do personagem...]. O segundo livro se intitula Desastre Iminente, e parece seguir a linha de pensamento de Stephenie Meyer, contando de novo a história, sob o ponto de vista de Travis [talvez seja interessante...].

Link para o livro:


domingo, 28 de julho de 2013

Os Três Mosqueteiros

Autor: Alexandre Dumas, Pai

Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda

Gênero: Romance de Capa e Espada
Editora: Martin Claret
Nº de Páginas: 595



"Em geral, não se pedem conselhos - afirmava ele -, senão para os não seguir ou sendo seguidos, para ter a quem se possa lançar em rosto o tê-los dado."







"Todos por um e um por todos". D'Artagnan é um jovem gascão que deixa sua terra em busca de fortuna e aventuras, sendo seu desejo maior tornar-se mosqueteiro, servindo assim ao Rei Luis XIII, da França. Logo ao iniciar sua jornada ele se depara com um homem muito arrogante em uma estalagem, e por ter um gênio muito suscetível inicia uma luta de espadas, da qual sai realmente ferido e perde a carta que seu pai lhe dera como recomendação ao Sr. De Tréville, capitão dos mosqueteiros. Jura, então um dia vingar-se de tal homem, a quem viu a conversar com uma jovem, por ele nomeada Milady. Segue então para a capital, e se apresenta na Companhia dos Mosqueteiros, onde lhe é conseguido um cargo na guarda real, a qual deverá servir até que prove seu valor.




Nesta entrevista passa a ter conhecimento de três mosqueteiros muito unidos e chegados ao Sr. De Tréville [sendo quase tratados como filhos, tamanha sua camaradagem...]. Um deles, Porthos, estava gravemente ferido, mas seu orgulho não lho permitia mostrar isso. Terminada a entrevista, D'Artagnan segue o caminho de casa, quando então encontra o homem que o havia surrado. Sai correndo em seu encalço, e por acaso esbarra nos três mosqueteiros, um por vez, marcando um embate com cada um ao espaço de tempo de uma hora cada. As coisas acabam por se resolver de forma amigável, e D'Artagnan se torna amigo dos mosqueteiros [e logo é aclamado o líder, por ser incrivelmente inteligente e corajoso..].



A corte está dividida entre os leais ao Rei e os leais ao Cardeal, cada um tendo seu exército próprio, mas mantendo a aparência de serem grandes amigos. Há toda uma rede de intrigas, em que os mosqueteiros acabem se envolvendo, tanto por seus casos amorosos [fato curioso da época é que era comum as mulheres terem amantes, assim como os homens, mas de uma forma mais sofisticada. Apesar de serem elas a sustentarem os amados...] quanto por serem leais ao Rei. D'Artagnan é um imã para problemas, e acaba se vendo inimigo também do Cardeal, por conta de sua amada ser raptada. Assim, Athos, Porthos e Aramis, o seguem em suas batalhas para trazer de volta a amada e se vingar daquele primeiro homem, tendo ainda que lidar com uma linda e perigosa mulher, capaz de tudo para alcançar seus objetivos.


A história foi publicado em 1844, em forma de folhetim, no jornal Le Siècle, sendo posteriormente publicado em forma de livro e ilustrado por Vivant Beaucé. O romance se utiliza de fatos importantes ocorridos durante o reinado de Luis XIII. O título inicial da obra era Athos, Porthos e Aramis, mas foi alterado por sugestão do encarregado da sessão de folhetins, com anuência de Dumas, que achou que o título absurdo [afinal são quatro e não três mosqueteiros..] chamaria atenção para a obra. Com o sucesso atingido, Dumas resolveu-se por dar continuidade a obra, tornando-a uma trilogia: Os Três Mosqueteiros, Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelonne [donde foi tirada a história de O Homem da Máscara de Ferro!!!].




Autor:
 Alexandre Dumas nasceu na região de Aisne, França, em 1802. Seu nome de batismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Trabalhou algum tempo produzindo artigos e peças teatrais, até conseguir se sustentar trabalhando como escritor em tempo integral. Gostava do estilo de vida extravagante, gastando mais do que tinha [a que tem muitos seguidores atualmente...]. Casou-se com uma atriz, Ida Ferrier, mas manteve casos com outras mulheres, tendo pelo menos três filhos fora do casamento [um desses filhos, que recebeu o nome do pai, seguiu a mesma carreira, sendo que hoje se os diferencia pelos epítetos "pai" ou "filho", empregados após o nome]. Outros romances de sua autoria são O Conde de Monte Cristo e A Rainha Margot






C.P.: Admirável o caráter cavalheiresco da França do século XVII, onde dar sua palavra era confiável, um ato de honra inquebrantável. Algumas características parecem meio fantasiosas demais, mas não tenho conhecimento suficiente para saber quanto era ficção, e quanto realmente cabia ao comportamento da corte da época. Ao que parece Luis XIII tinha sérios problemas conjugais, sendo que Ana de Áustria, sua esposa, amava um inglês, causando distúrbios entre os países. Na verdade, tudo parece a disputa amorosa de alguém em algum momento [Dumas era um romântico incorrigível ao que parece...]. O livro teve algumas adaptações cinematográficas [sendo inspiração para mais uns duzentos filmes], a última em 2011. Estar com a vida sempre a ponta de uma espada, e não temer o amanhã, sensacional!!!



Link para o livro:


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Amada Imortal


Autor: Cate Tiernan
Tradução: Regiane Winarski

Gênero: Romance/Ficção
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: Amada Imortal - 280
                        Cair das Trevas - 256
                        Inimigo Sombrio - 322



"Era um sinal de amadurecimento meu que eu não tivesse jogado um prato pesado na cabeça dele para arrancar aquele sorriso arrogante do seu rosto."




Livro narrado em primeira pessoa por uma garota de 450 anos que tem aparência de 17. Conceito renovado de imortais: há vários deles espalhados pelo mundo, vivendo por centenas de anos, e aparecendo e desaparecendo para os humanos. Desde atores famosos, grandes empresários, modelos, à escravos e donos de terras. Tudo dependendo da época. Só são reconhecíveis por outros imortais, e envelhecem lentamente [levando dezenas de anos para que se ocorra alguma mudança notável...]. Eles são seres naturalmente mágicos, e diz-se que seu caráter primitivo é mal, sendo que absorvem a energia de vida do que estiver a seu redor para promover a magia [tipo fazer plantas morrerem... há também uma maneira de controlar o fluxo de poder para não causar danos, mas grande parte dos imortais ignora tal preceito, pois que o tempo lhes pertence e tudo que querem é se divertir...]. E, é claro que há os imortais bonzinhos, que lutam contra as trevas dentro de si.

Nastasya vive uma vida desregrada de festas e boates e beber até desmaiar e dormir com caras desconhecidos acordando em armazéns abandonados sem uma das botas [claro que eu tinha de ler um livro que começasse assim!!]. Ela está feliz com seus amigos, principalmente seu melhor amigo, Incy, que a acompanha há quase um século. Até que depois de uma festa, ao pegar um táxi, completamente bêbados e barulhentos, o motorista do táxi se revolta e os trata mal. Então Incy usa magick [tipo, meio tosco o termo... me lembrei de fadas.. é algo tipo Wicca] para quebrar a coluna do cara. Nasty fica assombrada, porque eles não costumam usar qualquer tipo de magia, quanto mais uma daquele porte, e ainda mais para ferir uma pessoa. Porém seu estado de choque passa e ela é atraída para uma nova festa.

Quando acorda ela fica chocada consigo mesma, afinal não acredita que simplesmente largou o homem a própria morte. O medo passa a dominá-la, e ela foge. Não de seu amigo especificamente, pois tem certeza de que ele não a machucaria, sempre tinham se dado bem. Ela tem medo do que se tornou ao longo dos anos, então, de repente tudo perde o sentido e ela se vê viajando para a América, de encontro ao convite de uma imortal que ocorrera oitenta anos atrás. Lá chegando descobre uma nova maneira de viver, conhece pessoas nas quais pode confiar. Ela não quer ser encontrada, mas seus amigos estão a sua procura. Em seu novo lar também começa a desenvolver seus conhecimentos mágicos e a lembrar de coisas há muito enterradas em sua mente. Coisas perigosas e dolorosas.



Autora: Cate Tiernan é um pseudônimo para Gabrielle Charbonnet, escritora americana nascida em New Orleans, Louisiana, EUA, em 1961. Afirma ter um gosto excêntrico e sobrenatural, que atribui a sua cidade natal. Estudou literatura, redação e russo na Universidade de New York. Foi assistente editorial, trabalhando com livros infantis. Mora com o marido e os filhos.

C.P.: E este foi o livro que acabei em menos de uma semana, e que fiquei terrivelmente desapontada e impaciente ao saber que ainda não tinha sua continuação lançada no Brasil [...]. É mais uma trilogia, parece que só escolho livros que tenham duas ou mais continuações [apesar da escolha ser aleatória...]. Gostei imensamente de Nasty, e seu caráter irreverente e sarcástico. Apesar de ter mais de 400 anos, ela ainda age como uma adolescente, o que mostra que o espírito não envelhece. Fato interessante é que sempre há os flashbacks [que normalmente odeio.. mas aceitável aqui..] de seu vasto passado, sendo que ela já trabalhou como criada, gerente de bordel, e também foi dona de casa, e teve filhos, e viu pessoas que amava morrerem. Uma das razões que a fez se afastar do convívio com as pessoas e passar a maior parte do tempo ingerindo álcool. E claro, como não poderia faltar, há um cara [que ela descreve como deus viking..], que não vai muito com a cara dela, mas que ela acha familiar [...].

Links para os livros:

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Crônicas do Mundo Emerso


Autor: Licia Troisi
Tradução: Mário Fondelli


Gênero: Fantasia
Editora: Rocco
Nº de Páginas: A Garota da Terra do Vento - 320
                         A Missão de Senar - 336
                         O Talismã do Poder - 424




"Ele afirma que tudo flui, que o bem se alterna ao mal numa espiral eterna."




Mais uma trilogia que teve continuação. Na verdade são três trilogias que compõem a história do Mundo Emerso: Crônicas do Mundo Emerso, Guerras do Mundo Emerso e Lendas do Mundo Emerso. Bem, o foco da postagem será a primeira trilogia [que é a que li...]. Esta é a história de Nihal, uma garota de cabelos azuis, olhos violáceos e orelhas pontudas que vive com um armeiro [Livon..], que é o homem que sempre a criou. Ela é uma garota muito ativa e rebelde, que vive a brincar de guerra com seus amigos e seguidores, sendo muito hábil e forte. Apesar dessa visão infantil em que o livro começa, as coisas não andam nada bem. Todo o Mundo Emerso está em guerra contra Tirano [é.. também achei tosca a escolha do nome..], um ser perverso que tenta tomar todo o mundo sob seu controle por meio da força e destruição. Os diversos seres que compõem o Mundo Emerso se juntaram nas chamadas Terras Livres, e lutam para derrotá-lo.


Esse mundo de horrores é estranho a Nihal, até que sua terra, Salazar [Terra do Vento], é atacada pelos exércitos de Tirano, e seu pai é morto na sua frente. Diante do terror Nihal efetua sua primeira morte, de tantas que se seguiriam. Com sua terra tomada, ela e seu novo amigo Senar, partem para um treinamento em magia com a maga Soana. Nihal não se adapta a magia e decide tornar-se Cavaleiro de Dragão. Ela vai até a Academia e sofre todo tipo de preconceito, pois além de ser mulher, ainda é a última semi-elfo, e não é vista com bom olhos. Independente das perseguições alheias, ela luta por seu lugar nos campos de batalha, e ao lado de seu recém conquistado dragão, Oarf, decide levar a cabo sua vingança pela morte de Livon e pelo sofrimento do povo livre.


Existem diversos seres no Mundo Emerso, como dragões [que continuam majestosos como sempre, mas neste conto não falam propriamente...], gnomos, duendes, fâmins [que seriam como gnomos deturpados por magia e ódio...], magos, espíritos, e seres que vivem nas profundezas do mar [Mundo Submerso..]. Todos se unem sob a mesma bandeira de paz, e lutam [meio contraditório...].





Autora: Licia Troisi nasceu em Roma, 1980. É casada e tem uma filha. Formada em astrofísica [!?!], teve sua estréia como escritora aos 23 anos com A Garota da Terra do Vento. Quando criança se trancava em seu quarto e inventava histórias. Apaixonada por fantasia, criou uma personagem com quem pudesse se identificar. Foi finalista do prêmio Ventisei de Literatura Fantástica em 2005. Outro livro de sua autoria é A Garota Dragão [que tem uma capa maravilhosa..].


Links para os livros:




C.P.: Adoro este tipo de livro épico, com dragões e batalhas e seres mágicos [ainda mais pela forma limpa e legendária como este foi escrito... e é o primeiro livro de um autor italiano que me lembro de ter lido..]. Mas uma coisa que realmente impressiona é o crescimento dos personagens. No início parece um livro bem infantil, porém ele vai aprofundando as lutas internas dos personagens. Nihal deseja vingança, mas sabe que este caminho a está levando a algo ruim, ela luta por um sentido para sua existência, tendo de lidar com os desejos alheios, e com os fardos e perdas que a vida lhe impõe. Ela descobriu a amizade verdadeira em Senar, um mestre em Ido, e encarou tudo que se lhe surgiu por aqueles que amava. A história também foi transportada para o mundo dos games.