Tem uma hora que as coisas não fazem muito sentido. Então, o que se poderia pensar senão que realmente estamos num ciclo eterno de reencarnações? Eu tenho a forte impressão de que, em uma vida passada bem próxima, fui um escritor. Um daqueles velhos escritores falidos, viciados em uísque e cigarro, abandonados pela esposa. Esposa esta que fugiu com meu melhor amigo. Isto explicaria a desconfiança e o desgosto pela iníqua humanidade. E lá está ele, sentado no lugar mais escuro e imundo do bar, quase desmaiado, remoendo seu ódio, sem forças para levantar. E cá estou eu, remoendo dores desconhecidas, sem saber que caminho tomar.
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